Mundo Gastronômico

26 junho, 2007

24 deOutubro - Dia do Macarrão!

(Escrito em 25/10/06)
Mesmo atrasada em um dia, não poderia deixar o Dia do macarrão passar em vão. Aliás, este é segundo prato da culinária italiana mais difundido no mundo (o primeiro é a pizza). Porém, a origem desse alimento ainda causa dúvidas e discussões. Uma linha de estudos diz que a receita do macarrão veio da China, na época das Cruzadas, em teoria trazida por Marco Pólo que provou o alimento por lá, gostou e trouxe consigo a receita para a Itália. Mas, há aqueles que afirmam que foram os ostrogodos (e não Marco Pólo) quem levou a receita para a Itália por volta de 400 a.C. Na verdade, essa é uma preparação comum em todos os países que usam farinha e água, por isso cada lugar tem a sua variedade de “Pasta” (massa + ovos + água): na Alemanha, o späetzle; na Polônia o pierogi; na China o soba (também usado no Japão para o Yaki-soba). O que muda é a forma de preparo, pois permite inúmeras variações, e alguns ingredientes como: farinha de trigo branco, ou trigo sarraceno, sêmola (grano duro), farinha de arroz, e o uso ou não de ovo na massa. Hoje, trago a vocês a receita básica da massa, seus tipos e formatos para você passar o final da semana literalmente com a “mão na massa”. Divirta-se e bom apetite!

MASSA BÁSICA PARA MACARRÃO

Ingredientes:
- 2 ovos
- 3 colheres de sopa de água fria
- 300g de farinha de trigo
- trigo extra para trabalhar a massa Preparo:
Faça um vulcão com a massa sobre uma superfície lisa. Bata os ovos com a água e acrescente o trigo até obter uma massa firme. Deixe descansar e abra com o cilindro (ou rolo de macarrão) várias vezes, até obter uma massa fina.

FORMATOS DE MASSAS

Curtos: aqui se encontra a maior variedade de formatos e, por isso, as possibilidades de combinação são enormes. Como estas massas têm muitas curvas e cavidades, recebem muito bem molhos com pedaços de ingredientes, como presunto cru, brócolis ou tomates. São ideais também para as saladas de macarrão. Tipos: caracol, parafuso ou fusilli, penne, gnocchetti, rigatoni, espiral, gravatinha ou farfalle.

Delicados: próprios para sopas, podem ser cozidas separadas ou diretamento no caldo no qual vão ser servidos. Aqueles que possuem formato e espessura menores combinam melhor com as sopas mais ralas; os maiores vão bem com caldos mais encorpados, como as minestras, por exemplo. Tipos: ave-maria, conchinha, estrela, alfabeto, argola.

Longos: são indicados para os molhos mais simples e tradicionais, à base de alho, óleo e tomate, ou com carnes, como o bolonhesa. Quanto mais finas eles forem, mais condimentados podem ser os molhos. Os frutos do mar são outra boa opção de acompanhamento para as massas longas. Tipos: cabelo-de-anjo ou capellini, talharim e talharim verde, furado ou bucatini, fettuccini, espaguete, espaguetini.

Massas recheadas: por terem uma textura mais macia, as massas recheadas devem ser servidas com molhos de sabor fresco e leve, como os à base de tomate, manteiga ou pesto. O ravióli e o capelete ainda podem ser usados em sopas de caldo ralo ou brodos. A lasanha, por sua vez, "segura" mais de um tipo de molho na montagem de suas camadas. Tipos: canelone, ravióli, lasanha seca, lasanha fresca, capelete.

19 junho, 2007

Refletindo sobre nutrição - Parte 4 (A luta entre o Bem e o Mau)

Nessas últimas três semanas refletimos sobre nutrição, focando sempre o que há de pior em nossa alimentação. Hoje, porém, busco tentar aliviá-los do sofrimento de tirar totalmente do cardápio os alimentos ruins. Simplesmente porque, mesmo os alimentos ruins têm sempre algo de bom. O ovo, por exemplo, que passou anos sendo tachado de vilão pelo alto índice de colesterol ruim que contém na gema, já conseguiu ser aceito como “nem tão ruim assim” como provam as últimas pesquisas sobre o assunto, mostrando que o ovo tem sim seu lado bom. E, pasmem: agora ele faz bem pro coração!?! Isso sem contar que proporciona sensação de bem-estar, ajuda a aprimorar as funções cerebrais, faz bem aos ossos e fortalece o sistema imunológico. Portanto, repito o que disse em meu primeiro texto da série “Refletindo sobre nutrição”: Se eu pudesse dar somente um conselho sobre nutrição, seria para comer de tudo um pouco! Tanto do que é considerado ruim, quanto daquilo que é considerado bom. Afinal, não é à toa que Deus fez do homem um ser onívoro por natureza! (Onívoro é o animal que come qualquer tipo de alimento - vegetal ou animal.) Então, aproveito a deixa para passar-lhes uma receita deliciosa, recheada de alimentos “do bem” e “do mau” em perfeita harmonia. Porém, lembre-se: coma sempre com moderação! Bom apetite!

QUICHE DE PALMITO

Rendimento: 8 porções (fatias)
Dificuldade: Fácil
Tempo de preparo: 1h 45 min.

Ingredientes
Massa:
200g de farinha de trigo
100g de manteiga sem sal (em temperatura ambiente)
1 ovo
1 colher (café) de sal
¼ de xícara (50ml) de água fria
½ colher (sopa) óleo de cozinha para untar
Recheio:
1 lata de creme de leite
300g de queijo parmesão ralado
1 vidro de palmito picado e escorrido
3 a 4 ovos
Sal e pimenta do reino a gosto.
Acessório: Fôrma redonda de fundo removível ou refratário comum, com 30cm de diâmetro.
Preparo:
Prepare a massa arrumando a farinha num pequeno monte, sobre uma superfície lisa e limpa. Junte, aos poucos, a manteiga e misture com a ponta dos dedos até formar uma farofa grossa. Faça uma cova no centro (como um vulcão) e despeje o ovo, já misturado com a água e sal. Comece a misturar com ajuda de um garfo, e continue o trabalho com as mãos, até que forme uma massa homogênea. (É importante não amassar muito, pois a temperatura da mão aquece a massa deixando-a cada vez mais mole e pegajosa.) Assim que a massa estiver desgrudando dos dedos, está no ponto. Deixe-a descansar por 1 hora na geladeira. Abra a massa com um rolo, numa espessura de 0,5 a 1cm e ponha sobre a fôrma/refratário. Leve ao forno quente para pré-assar por 15 minutos.
Prepare o recheio. Bata as claras em neve e junte as gemas mexendo com delicadeza. Acrescente, aos poucos, o creme de leite já misturado ao queijo. Por último junte o palmito. Distribua o recheio sobre a massa quente, e leve ao forno em temperatura média-baixa por cerca de 40 minutos, até o recheio se consolidar e ficar dourado por cima. Sirva morno ou frio.

Dica: Para a receita ficar mais saudável, substitua metade do palmito por 1 xícara de brócolis cru, picado; e metade do queijo parmesão por mussarela (light ou de búfala).
Esta é uma receita básica, para criar a sua,

12 junho, 2007

Refletindo sobre nutrição - Parte 3 (Açúcar)

Já que é para falar mal, vamos falar do açúcar! Hoje se sabe que o açúcar, junto com as gorduras, é um grande vilão para o nosso organismo, pois representa 100% de calorias sem nenhum valor nutricional. Por isso se transformam rapidamente em glicose no sangue. Ou seja, se consumido em grande quantidade e com freqüência, provoca reações bioquímicas que podem resultar em doenças cardíacas, diabetes, obesidade e até alguns tipos de câncer. Na verdade, os açúcares, na nutrição, são chamados de carboidratos simples, pois rapidamente se transformam em glicose (açúcar no sangue). E, os carboidratos compostos, presentes em maior quantidade nos pães, massas, grãos e cereais, após metabolisados também aumentam as taxas de glicose no sangue. Ou seja, ambos se transformam em açúcar no sangue. Por isso o consumo desses alimentos, considerados de alta carga glicêmica, é cada vez mais abominado. No entanto, isso não significa que devemos cortar do nosso cardápio esses alimentos, mas sim preferir açúcares que contenham vitaminas e sais minerais, como mel, açúcar mascavo, e frutas – ricas em açúcar por natureza. Bem como concentrar o consumo de carboidratos em grãos, cereais, pães e massas integrais, por possuírem além dos nutrientes, fibras que ajudam na digestão e apresentam baixa carga glicêmica. Então, antes de adoçar seu cafezinho com açúcar refinado, ou devorar uma barra de chocolate, lembre-se: “de doce, já basta a vida”! E assim, você pode ter a certeza, mais doce sua vida será! Bom apetite!

PÃO DE BANANA INTEGRAL
Rendimento: 4 pessoas
Dificuldade: Fácil
Tempo de preparo: 1 hora e 30 minutos

Ingredientes
1/3 xícara de purê de maçãs* (ver receita abaixo)
¾ xícara de açúcar mascavo
3 claras de ovo
2 a 3 bananas maduras
1/3 xícara de água
1 e 2/3 xícaras de farinha de trigo integral
1 colher (sobremesa) de fermento em pó químico
1 pitada de bicarbonato de sódio
½ colher (chá) óleo vegetal para untar a fôrma
* Para o purê de maçãs, você irá precisar de 2 maçãs (fuji ou gala), 1 colher (chá) de suco de limão, 2 colheres (sopa) de água.

Preparo:
Descasque e pique as maçãs bem miudinho, regue com o suco de limão e a água. Leve ao microondas em potência alta por 1 a 2 minutos. Ou, leve ao fog baixo em uma panela pequena com tampa e deixe cozinhar, mexendo de vez em quando para não grudar ou queimar, por 5 a 10 minutos. Deixe esfriar.
Pré-aqueça o forno em temperatura média-baixa (180ºC).
Numa tigela, misture o purê de maças com o açúcar. Misture as claras, depois as bananas e a água. Em seguida, misture os ingredientes restantes, mexendo até formar uma massa homogênea.
Unte uma forma de pão com óleo vegetal e despeje a massa. Leve à grade em altura média do forno e asse por 55 a 60 minutos. Desenforme uns 10 minutos após retirar do forno e deixe esfriar sobre uma grade (use o escorredor de pratos).

05 junho, 2007

Refletindo sobre nutrição - Parte 2 (Gorduras)

Para continuar o assunto da semana passada, resolvi esclarecer algumas dúvidas básicas sobre nutrição. Primeiro, vamos às gorduras que tanto aparecem como o maior vilão da nossa saúde. E com razão, pois a maioria das gorduras é maléfica ao nosso organismo por contribuírem para o surgimento de doenças cardíacas, obesidade e alguns tipos de câncer. Por isso é importante conhecer os tipos de gorduras encontradas nos alimentos. As saturadas são sólidas em temperatura ambiente; encontradas na maioria das carnes, leite, ovos, e nos óleos de cocos e palmeiras; devemos evitá-las por serem de difícil absorção no organismo, se acumulam em nossas artérias. (Ultimamente, a gordura vegetal hidrogenada é considerada a pior de todas. Por isso, leia o rótulo dos alimentos e fuja delas!) As polinsaturadas, de peixes e óleos de plantas como soja, milho e canola, não são tão ruins como as saturadas e nem tão boas como as monosaturadas, então, consuma com muita precaução. E as monosaturadas, encontradas no azeite de oliva e frutas como abacate, são as melhores pra nossa saúde, mas também são gorduras e, portanto, devem ser consumidas com moderação. Boas ou ruins, o fato é que as gorduras não devem sair totalmente do nosso cardápio, porque são necessárias para o metabolismo de vitaminas como A, D, E e K. Então, devemos reduzir seu consumo (pois são altamente calóricas), evitar as saturadas, e dar prioridade às monosaturadas. Segue a receita de hoje, repleta calor, nutrientes, e gorduras do bem. Bom apetite!

VEGETAIS DE INVERNO GRELHADOS
Rendimento: 4 pessoas
Dificuldade: Fácil
Tempo de preparo: 1 hora

Ingredientes
1 nabo
2 mandioquinhas (batata salsa)
2 batatas doces
2 cenouras
1 pedaço* de abóbora
1 raiz de salsão
1 raíz de funcho (só o bulbo)
2 colheres de azeite de oliva
1 dente de alho
1 cebola roxa (pequena)
1 colher (sopa) de erva picada a escolher (salsinha, tomilho, estragão, ou alecrim)
Castanha de caju para decorar. Sal e pimenta do reino a gosto.
* Procure comprar os vegetais em quantidades (peso) iguais.

Preparo:
Pré-aqueça o forno em temperatura máxima. Lave, descasque e corte os legumes em cubos grandes (2 a 3cm), tentando deixar todos do mesmo tamanho. Corte a cebola e o alho bem fininhos. Unte um refratário com parte do azeite, despeje os legumes, alho, cebola, e derrame sobre eles o restante de azeite, misturando bem. Leve ao forno quente por 40 minutos, mexendo de vez em com uma espátula para não grudar. Os ingredientes devem ficar dourados e levemente caramelados. Retire do forno, tempere a gosto, polvilhe a erva de sua preferência e as castanhas de caju. Sirva em seguida.