Manifesto Chefs na Rua
A gastronomia no Brasil vem passando por um processo significativo de transição. Da alta gastronomia buscando raízes culturais e regionais nos pratos mais simples, a comida popular tentando incluir ingredientes diferentes e sofisticados. Em consequência desse movimento - aparentemente contraditório, mas igual em essência - a população de gourmets e gastrônomos cresce vertiginosamente. O que antes era um movimento elitizado, hoje atinge a sociedade como um todo, seja por questões de saúde - na questão dietética ou na busca de alimentos mais saudáveis e seguros, ou por status social – uma vez que “comer bem” virou moda e todos querem estar por dentro do assunto. Nós estamos mesmo evoluindo no assunto gastronomia. Hoje reconhecemos a comida regional, admiramos a cultura gastronômica estrangeira, e estamos à busca de novas experiências. Queremos provar novos sabores, entender a origem de determinados alimentos, discutir técnicas culinárias, enfim, experimentar. Temos fome de saber e de comer. Mas ainda há muito a se esclarecer no campo da gastronomia. A dita alta gastronomia parece ser apenas aquela ligada apenas a restaurantes caros, com pratos sofisticados, decoração luxuosa, Chefs estrelados e com uma reverência próxima à idolatria. Já por comida de rua entende-se apenas um meio de oferecer alimento barato, nem sempre seguro e com pouca qualidade. A essa visão equivocada escapa o quanto há de referência cultural e histórica, e de nossa própria identidade nos pratos mais comuns. Tampouco dá conta do quanto um Chef de sucesso já estudou e pesquisou alimentos, aperfeiçoou técnicas e aprimorou suas receitas. Assim, nos parece um movimento natural nessa evolução apresentar a gastronomia como movimento cultural, com técnicas profissionais e conceito apurado, ao grande público. Queremos tornar a boa comida acessível, enaltecer o valor de um bom prato para muito além dos seus ingredientes e mostrar que é possível unir alta gastronomia e comida de rua. Queremos ensinar e aprender. Mas, sobretudo, queremos que a gastronomia seja reconhecida também como expressão cultural, integrando o maior evento da cidade. E, sem esquecer que comer é uma necessidade básica, queremos “alimentar os que têm fome”, praticando, assim na Virada Cultural de 2012, a profissão em sua essência: preparar, vender e servir alimentos de qualidade. Serviço: Domingo, 6 de maio Das 8h às 20h No Minhocão (Viaduto Pres. Costa e Silva) Acesso pelas ruas Sebastião Pereira (altura do número 90), Ana Cintra (altura do 200) e Helvétia (altura do 800). Capacidade: em média 2 mil refeições por chef/barraca Preços acessíveis (R$5 a R$15) Contato: KQi Produções chefsnarua@kqi.com.br
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