Mundo Gastronômico

13 fevereiro, 2007

YES! Nós temos bananas!?!?!?

Apesar da banana ser considerada uma preferência nacional, consumida de norte a sul do Brasil, ao contrário do que pensamos a “banana nossa de cada dia” não é tão nossa assim. Claro nós temos banana sim! Mas, nossa mesmo, 100% nacional, só a banana da terra, aquela banana que só conseguimos comer cozida, porque é “amarrenta” (trava na boca). As bananas que consumimos atualmente são originárias da Índia, que se espalharam pela África, e embarcaram de carona em navios espanhóis e portugueses na época das grandes navegações até chegar no Brasil (e em toda a América também).
O que importa mesmo é que, nossa ou não, nós adotamos várias espécies que se adaptaram por aqui, e hoje a banana pode ser considerada paixão nacional.
E, em época de Copa do Mundo na Alemanha, que tal uma receita meio brasileira meio alemã? Anote aí:

CUCA ALEMÃ COM BANANAS

Rendimento: 10 fatias (5 a 6 pessoas)
Dificuldade: Moderada
Tempo de preparo: 1hora preparo + 2 horas descanso + 1 hora forno

Ingredientes
Massa:
1 xícara (240ml) de leite
1 tablete (15g) de fermento biológico para pão
5 colheres de sopa (45g) de açúcar
4 e ½ xícaras (640g) de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
4 colheres de sopa (60g) de manteiga sem sal
1 ovo
manteiga para untar
Cobertura:
4 a 6 bananas maduras em fatias (molhadas com limão para não escurecer)
¾ de xícara (135g) de açúcar
1 e ½ xícara (225g) de farinha de trigo
1 colher de chá de canela em pó
1 xícara (240ml) de manteiga sem sal derretida

Prepare a massa: Numa tigela, misture o leite morno com o fermento, 1 colher de açúcar, e mexa para dissolver. Junte ½ xícara de farinha de trigo, para fazer uma massa com a consistência de uma massa grossa para panquecas. Cubra a tigela e deixe a mistura crescer por uma hora ou até dobrar de volume.
Depois, acrescente a farinha de trigo e o açúcar restantes, o sal, a manteiga e o ovo. Amasse e sove bastante até obter uma massa lisa, que se desprenda facilmente da tigela e das mãos. Unte uma tigela com manteiga, coloque a massa, cubra com um pano de prato e deixe descansar de novo em lugar morno até dobrar de volume.
Unte uma assadeira média (26 X 40 cm), estique a massa e deixe crescer novamente.
Pré-aqueça o forno em temperatura baixa (180 C).
Prepare a farofa: numa tigela, junte a farinha de trigo, o açúcar, e a canela, e misture. Acrescente a manteiga derretida aos poucos, bem devagar, enquanto mistura os ingredientes entre as mãos, até obter uma farofa granulada.
Monte a cuca: Coloque as fatias de bananas sobre a massa. Espalhe a farofa por cima, cobrindo as bananas. Leve ao forno pré-aquecido e asse por cerca de 45 minutos ou até dourar. Retire do forno, deixe esfriar, corte em pedaços e sirva.

12 fevereiro, 2007

Pimenta: um remédio que arde e cura!

Sempre que escrevo de ervas, temperos, e especiarias, entro num estado mental quase hipnótico de tão forte minha paixão por aromas e sabores. Desde que escrevi a coluna anterior que só penso, falo, pesquiso, compro, escrevo, sonho... e como receitas com ervas especiarias e pimentas. Ah, pimentas! Amo todas sem distinção de cor, gênero ou espécie. Botanicamente falando, as pimentas podem ser em frutos (Capsicum), ou grãos (Piper nigrum), ou ainda nem ser pimenta de verdade, como o caso da pimenta rosa que é a semente da aroeira (Schinus terebinthifolius) e da pimenta da jamaica (Myrtaceae). As pimentas em grãos (pimenta do reino, a verde, e a branca) não são tão benéficas à saúde, pois suas partículas moídas podem aderir aos tecidos do aparelho digestivo e causar pequenas feridas. Já, as pimentas em fruto (chili, malagueta, dedo-de-moça,) contêm capsaicina, uma substância responsável pelo sabor picante, que além de realçar o sabor dos alimentos têm várias funções básicas à saúde. Veja só: poucas calorias, armazenam potássio, anti-oxidantes (beta caroteno, vitaminas A, E, e C), ácido fólico, e outros agentes anti-cancerígenos. Além disso, previnem o enfarto, servem como descongestionante nasal; têm alto poder cicatrizante e anestésico, são eficazes medicamentos contra dor de cabeça e de dente, podem ser usadas no tratamento de alguns tipos de câncer, e estimulam o apetite. Essas propriedades existem só quando consumimos as pimentas in natura, frescas. Mas, as pimentas podem ser apresentadas em misturas (molhos ou pastas), secas inteiras (habanero) ou picadas (pimenta calabresa), em pó (páprica doce ou picante, pimenta cayenna). “Fortes” ou “fracas” - o que na gastronomia chamamos de “doces” (suaves) ou “picantes” (ardidas), as pimentas podem ser usadas em pratos doces ou salgados, temperando e colorindo os alimentos e a vida. Bom apetite!

PENNE ao MOLHO DE SETE PIMENTAS
Esta é uma receita que as quantidades variam conforme o paladar e qualidade das pimentas escolhidas. Por isso, as quantidades não são precisas, apenas uma sugestão.
Faça ajustes e prove até alcançar o sabor ideal para você!

Rendimento: 4 porções
Dificuldade: Fácil
Tempo de preparo: 45 minutos

Ingredientes
1 pimentão vermelho, sem semente, picado
1 colher (sopa) ou 1 un. de pimenta em fruto, picante (dedo-de-moça ou malagueta)
2 colheres (sopa) ou de 1 a 2 un. de pimenta em fruto, doce (de cheiro ou americana)
2 unidades de pimenta cambuci (verde ou vermelha)
½ colher (chá) de pimenta do reino em pó (preta ou branca)
1 colher (chá) ou 7 grãos de pimenta verde em grãos (fresca ou em conserva)
1 colher (chá) ou 7 grãos de pimenta da jamaica em grãos
½ xícara (100ml) de polpa de tomates
½ tablete de caldo de frango dissolvido em 1 xícara (200ml) de água fervente
3 a 4 unidades de pão francês (50g) torrado e esmigalhado com as mãos
1 colher (chá sal)
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 dentes de alho
1 cebola média, picada
½ xícara (100ml) de vinho branco seco
4 colheres (sopa) de queijo pecorino (ou parmesão) ralado
1 pacote (500g) de macarrão tipo penne, cozido (al dente)

Preparo:
Escolha, lave, tire as sementes (importante!) e pique as pimentas em fruto.
Misture as 7 pimentas no liquidificador junto com o caldo de frango e a polpa de tomates para ajudar a bater. Quando bem triturado, misture o pão esmigalhado aos poucos, até formar uma pasta.
Na panela, refogue no azeite o alho e cebola até ficar transparente. Adicione o vinho e deixe ferver até evaporar o álcool. Acrescente a pasta de pimentas e mantenha no fogo até começar a ferver, então desligue. Misture o queijo e sirva imediatamente sobre a massa.

Dica: Esta receita serve também como pasta para torradas de aperitivo. Basta acrescentar mais queijo ralado na receita, espalhar sobre o pão e levar ao forno.