Mundo Gastronômico

10 abril, 2010

Semana em família


Em SP há cinco anos, quando passo um tempo em família é porque estou fora daqui, na casa dos meus pais em Florianópolis, na casa dos sogros em Blumenau, ou na casa de um dos quinze tios ou de algum dos trinta e tantos primos! Isso mesmo: é muita gente!
Outro dia ouvi de um primo que seus amigos sempre pegam no pé dele porque ele é sempre primo de alguém ou tem um primo que faz ou já fez o que está sendo citado na conversa.
O fato é que, apesar de ter uma família tão grande, raramente estamos em família por mais que um final de semana. Nunca parei para pensar nisso: ás vezes me sinto meio “órfã”... Sinto falta das brigas, confusões, discussões, problemas, de pegar no pé do outro, de ter ataques de riso sem nenhum motivo com apenas um olhar de cumplicidade, de rir sozinha ao me enxergar no outro, e até de querer melhorar algo que a herança genética me deu.
E essa semana foi intensamente familiar. Começando com a visita dos Pachecos que vieram passar o feriado da Páscoa com a gente: sogro e sogra, cunhadas, cunhados, e sobrinhos. (Falem mal o quanto quiser dos sogros e sogras dos outros, mas não dos meus – eu amo eles!) Foi uma delícia ter a casa cheia e a mesa farta de comidas, bebidas, risadas, piadas e “causos”...
E contribui intensamente para aumentar minha "litragem" (sinônimo de experiência para os Sommeliers):
Começamos com um espumante rosé para comemorar o aniversário da Sogrinha na Quinta da Paixão, na Sexta-Santa um branco para acompanhar o bacalhau e a chegada da cunhada, no sábado uma degustação de cervejas, e por aí foi o final de semana todo.
Na semana, chegaram dois tios e uma tia. Não sei a idéia que os outros têm de “tios”, mas os meus eu os defino como: amigos mais velhos que eu adoro e me conhecem desde sempre. Amigos mesmo, daqueles que é sempre bom ter como companhia, a qualquer hora do dia ou da noite, é sempre bom estar junto para dar risada ou conversar sobre qualquer assunto.
Meu tio contou que minha prima (uma dos trigêmeos que vi nascer!) está seguindo meus passos: cursando gastronomia. Fiquei boba e orgulhosa e já mandei um exemplar dos meus trabalhos como revisora técnica de presente - o Elementos da Culinária de A a Z, do Michael Ruhlman.
Depois, minha tia e eu (nos chamamos de cópia uma da outra) somos tão iguais em tantas coisas que nos divertimos cada vez que descobrimos algo “novo” que ambas gostam, mas não sabíamos. E, como não podia deixar de ser, passamos alguns dias tagarelando, comendo e bebendo muito.
Entre tantas coisas boas, a escolha do meu tio para acompanhar o jantar, um Castello Di Ama 1997, foi o auge (dos vinhos e não da semana, pois seria difícil escolher o melhor momento): tão bom como uma boa conversa em família: franco, brilhante, límpido, de boa transparência, intenso e sutil ao mesmo tempo, com aromas agradáveis e fáceis de reconhecer, sempre surpreendente. Só me resta agradecer!

5 Comments:

Blogger Lu Pacheco said...

Oi bonita! A Páscoa reverbera nos Pachecos corações ainda. Estava tudo muito bom e, na minha opinião, perfeito. Adorei aumentar minha litragem...
Beijos e desejos de novos encontros em terras Paulistanas...

10:42 PM

 
Blogger Dani Narciso said...

Obrigadinha, Lu!
Bjs, bjs,
... e saudades mesmo de vcs aqui!

11:38 AM

 
Blogger Unknown said...

Este comentário foi removido pelo autor.

4:05 PM

 
Blogger Unknown said...

Oi Dani!
Fiquei emocionada com o que você escreveu sobre a família.
Espero que pssamos fazer outras reuniões como esta que estava muito boa.
Um beijo e um abraço da Sogrinha...

4:12 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Dani,
Tá certo, o bom é ficar assim, degustando, bibiricando e se amassando e não desmanchar o bolinho. Esse "embolo pascoal familiar" foi muito bom, vamos repetir, beijos Lela

7:50 PM

 

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